Inteligência Evolutiva e Elevação da Consciência

Evoluir é sair da trincheira do abdome, abrindo-se para a vastidão do Cosmos

O tema de hoje refere-se a ideia de Inteligência Evolutiva… É útil entender este conceito-base, pois está ligado diretamente ao entendimento daqueles questionamentos comuns sobre a lógica da nossa evolução: A que viemos? Qual o sentido da vida se não crescermos como seres humanos, como consciências, aplicando nosso pleno potencial criativo em prol de todos os seres e maior harmonia e higidez intrapsíquica?! Entretanto, ninguém amadurece internamente nesta vida apenas pela mera passagem do tempo, é preciso merecer o crescimento através de autoesforços contínuos, quando enfrentamos as próprias limitações e adversidades, até superá-las… e enfim, nos aperfeiçoamos… Mudamos de patamar, conquistamos maior autodomínio e harmonia íntima…

Segundo COUTO, 2017* [adaptado]:

“A inteligência evolutiva (…) move a consciência rumo ao aperfeiçoamento cosmoético íntimo, e, portanto, às priorizações adequadas a esta finalidade. Promove a reflexão autocrítica dos posicionamentos e das decisões pessoais frente à necessidade permanente de reajustes pró-evolutivos do ego. Necessariamente envolve a compreensão e a vivência da multidimensionalidade, do parapsiquismo e da interassistencialidade, inafastáveis à teoria e prática da evolução consciencial.

A reflexão que faço desse conceito é: A Inteligência Evolutiva implica, a grosso modo, em saber escolher com discernimento aquilo que é benéfico para o aprimoramento pessoal e grupal, de forma a elevar a nossa consciência a manifestações mais Evoluídas (menos primitivas), dominando e superando a condição de apenas sobreviver em função de interesses egoístas em algum nível (parte animal). Ao mesmo tempo, fazer uso da inteligência evolutiva também envolve saber descartar aquilo que é prejudicial e que rebaixa a nossa consciência a manifestações mais primitivas.

O raciocínio consiste em enxergar a vida por uma lógica evolutiva: como uma oportunidade de crescimento e evolução interior, de superação de nós mesmos, e não vê-la apenas como um “software-vida” pronto, onde todos seguem um script de nascer-crescer-trabalhar-morrer, sem muito sentido além da necessidades orgânicas e passageiras, ou então apenas visando suprir carências e viver pelo prazer imediato, ou pior: vendo as coisas e pessoas apenas como meios para suprir os próprios interesses, e consequentemente não valorizando as coisas e os seres em si.

Os valores que geram separatividade não elevam a consciência, tal como o preconceito, a desonestidade e o medo de ser diferente, são frutos do carro-chefe: o ego, por isso te puxam para baixo (rebaixamento de consciência ao nível de interesses egoicos). Já os valores que geram união e que aproximam os seres de sua essência mais elevada (self), sem fragmentá-los a uma ideologia, elevam a consciência, tal como a honestidade, a fraternidade e quaisquer comprometimentos com valores não-egoístas. Todos nós temos estas duas possibilidades em vida, a cada momento: elevar ou rebaixar a consciência. Fazer uso do livre-arbítrio implica em escolher pela elevação da consciência, mas requer esforço diário, que vale a pena, já que nos tornamos livres e mais felizes em função do autodomínio… Agora para rebaixá-la basta deixar no piloto automático para o ego comandar, porém a consequência é tornar-se escravo do mesmo ego, permanentemente manipulável e dependente de fontes externas que detém tudo aquilo que supre tais necessidades circunstanciais, nunca autorrealizável ou autossustentável.

A vida interior é extremamente farta de potenciais verdadeiramente humanos, conscienciais, mas que, por desconhecermos por falta de uso, ou por focarmos demais em aspectos negativos, acabamos que julgamos ser apenas o que vemos superficialmente em nossa manifestação, e consequentemente não desenvolvemos o que há de melhor em nós mesmos (qualidades apenas em potencial).

É preciso elevar a nossa consciência em cada ato do dia a dia, com disciplina, com menos ansiedade, e mesmo quando não conseguirmos, tirarmos um aprendizado das derrotas para nos aprimorarmos através delas. Todos temos algo a dizer ou um trabalho a oferecer ao mundo e que beneficiará às pessoas. Trabalhar para encontrar esse projeto mais elevado consequentemente também elevará nossa consciência, nos enchendo de autorrealização (vigor e felicidade intraconsciencial). Não é uma receita de bolo, vamos aos fatos, observe a si mesmo no dia a dia e busque validar os benefícios de elevar a sua consciência e os malefícios de rebaixá-la.

No fim, são desafios tão necessários à Nossa Evolução, o rebaixamento da consciência não deve ser visto como um mal ou algo ruim, pelo contrário, é como um desafio que, quando superado, nos leva a melhores patamares evolutivos, de autodomínio, harmonia e lucidez, e portanto, são condições sine qua non ao nosso crescimento. Novos desafios sempre existirão para nos fazer crescer, é como subir uma escada, a cada novo degrau, uma nova barreira nos força a subir!

Estar ciente da evolução é uma vantagem que não tem preço, desde que coloquemos em prática o desafio da autossuperação!

Sr. Evoluciente

*Livro consultado: COUTO, C. Inteligência Evolutiva Cotidiana: 1ª ed. Foz do Iguaçu :Editares, 2017.

Atitudes que drenam energia

Atitudes que drenam energia

1 – Pensamentos obsessivos

Pensar gasta energia, e todos nós sabemos disso. Ficar remoendo um problema cansa mais do que um dia inteiro de trabalho físico. Quem não tem domínio sobre seus pensamentos – mal comum ao homem ocidental, torna-se escravo da mente e acaba gastando a energia que poderia ser convertida em atitudes concretas, além de alimentar ainda mais os conflitos. Não basta estar atento ao volume de pensamentos, é preciso prestar atenção à qualidade deles. Pensamentos positivos, éticos e elevados podem recarregar as energias, enquanto o pessimismo consome energia e atrai mais negatividade para nossas vidas.

2 – Sentimentos tóxicos

Choques emocionais e raiva intensa também esgotam as energias, assim como ressentimentos e mágoas nutridos durante anos seguidos. Não é à toa que muitas pessoas ficam estagnadas e não são prósperas. Isso acontece quando a energia que alimenta o prazer, o sucesso e a felicidade é gasta na manutenção de sentimentos negativos. Medo e culpa também gastam energia, e a ansiedade descompassa a vida. Por outro lado, os sentimentos positivos, como a amizade, o amor, a confiança, o desprendimento, a solidariedade, a autoestima, a alegria e o bom-humor recarregam as energia e dão força para empreender nossos projetos e superar os obstáculos.

3 – Maus hábitos – Falta de cuidado com o corpo

Descanso, boa alimentação, hábitos saudáveis, exercícios físicos e o lazer são sempre colocados em segundo plano. A rotina corrida e a competitividade fazem com que haja negligência em relação a aspectos básicos para a manutenção da saúde energética.

4 – Fugir do presente

As energias são colocadas onde a atenção é focada. O homem tem a tendência de achar que no passado as coisas eram mais fáceis: “bons tempos aqueles!”, costumam dizer. Tanto os saudosistas, que se apegam às lembranças do passado, quanto aqueles que não conseguem esquecer os traumas, colocam suas energias no passado. Por outro lado, os sonhadores ou as pessoas que vivem esperando pelo futuro, depositando nele sua felicidade e realização, deixam pouca ou nenhuma energia no presente. E é apenas no presente que podemos construir nossas vidas.

5 – Falta de perdão

Perdoar significa soltar ressentimentos, mágoas e culpas. Libertar o que aconteceu e olhar para frente. Quanto mais perdoamos, menos bagagem interior carregamos, gastando menos energia ao alimentar as feridas do passado. Mais do que uma regra religiosa, o perdão é uma atitude inteligente daquele que busca viver bem e quer seus caminhos livres, abertos para a felicidade. Quem não sabe perdoar os outros e si mesmo, fica “energeticamente obeso”, carregando fardos passados.

6 – Mentira pessoal

Todos mentem ao longo da vida, mas para sustentar as mentiras muita energia é gasta. Somos educados para desempenhar papéis e não para sermos nós mesmos: a mocinha boazinha, o machão, a vítima, a mãe extremosa, o corajoso, o pai enérgico, o mártir e o intelectual. Quando somos nós mesmos, a vida flui e tudo acontece com pouquíssimo esforço.

7 – Viver a vida do outro

Ninguém vive só e, por meio dos relacionamentos interpessoais, evoluímos e nos realizamos, mas é preciso ter noção de limites e saber amadurecer também nossa individualidade. Esse equilíbrio nos resguarda energeticamente e nos recarrega. Quem cuida da vida do outro, sofrendo seus problemas e interferindo mais do que é recomendável, acaba não tendo energia para construir sua própria vida. O único prêmio, nesse caso, é a frustração.

8 – Bagunça e projetos inacabados

A bagunça afeta muito as pessoas, causando confusão mental e emocional. Um truque legal quando a vida anda confusa é arrumar a casa, os armários, gavetas, a bolsa e os documentos, além de fazer uma faxina no que está sujo. À medida em que ordenamos e limpamos os objetos, também colocamos em ordem nossa mente e coração. Pode não resolver o problema, mas dá alívio. Não terminar as tarefas é outro “escape” de energia. Todas as vezes que você vê, por exemplo, aquele trabalho que não concluiu, ele lhe “diz” inconscientemente: “você não me terminou! Você não me terminou!” Isso gasta uma energia tremenda. Ou você a termina ou livre-se dela e assuma que não vai concluir o trabalho. O importante é tomar uma atitude. O desenvolvimento do autoconhecimento, da disciplina e da terminação farão com que você não invista em projetos que não serão concluídos e que apenas consumirão seu tempo e energia.

9 – Afastamento da natureza

A natureza, nossa maior fonte de alimento energético, também nos limpa das energias estáticas e desarmoniosas. O homem moderno, que habita e trabalha em locais muitas vezes doentios e desequilibrados, vê-se privado dessa fonte maravilhosa de energia. A competitividade, o individualismo e o estresse das grandes cidades agravam esse quadro e favorecem o vampirismo energético, onde todos sugam e são sugados em suas energias vitais.

(Autor Desconhecido)

Fonte

Posturas Antirreconciliadoras

Reconciliação. Eis 9 posturas a serem evitadas para os que buscam a reconciliação:

  1. Não dar o braço a torcer. Um dos dois não quer dar o braço a torcer, não aceita fazer o reconhecimento da mudança do outro. Não quer trocar a opinião que formou a respeito da pessoa no passado, apesar de todas as evidências atuais em contrário.
  2. Covardia. Um dos envolvidos sente-se frágil, covarde diante da própria evolução. Caso passe a reconhecer abertamente a mudança do outro, não terá mais desculpas a não ser começar a esforçar-se também, correndo atrás do próprio prejuízo. A grande preocupação do(a) assediador(a) é: “se der certo para ele(a) dessa vez, eu terei de rever minha postura”.
  3. Autofuga. A pessoa tenta fugir de si mesma, do autenfrentamento, utilizando-se de mecanismos de defesa, o que não resolve o problema. A autofuga é impossível.
  4. Mecanismo de Defesa da Negação. Negar os fatos ou a melhora do outro denota preguiça evolutiva, insegurança, incapacidade de assumir responsabilidades consigo mesmo. É não conseguir bancar-se. (Mello Filho, 1992)
  5. Mecanismo de Identificação. Assumir como próprio o comportamento de outra pessoa não contribui para que nos sintamos melhor. Muitas vezes, a hostilidade é uma admiração mal resolvida. Pode então ocorrer uma paradoxal tentativa de imitação de quem se hostiliza: imito seus resultados, entretanto não quero ouvir falar dos seus esforços nem da sua trajetória para chegar até aqui (impostura, usurpação de identidade). Imitação não resolve: por mais que a fotocópia seja boa, jamais será o original.
  6. Mecanismo de Projeção. Jogar a culpa no outro não alivia a própria. Indicar, com empenho, as falhas alheias, mesmo assim mais sutis, não impedirá que os demais deixem de perceber as nossas (Klein & Riviére, 1970). Projetar responsabilidade em alguém indica dependência emocional. Um dos mais antigos exemplos do uso do mecanismo de defesa da projeção ou deslocamento é o da lenda religiosa da gênese e do paraíso. Quando interpelado por Deus sobre o motivo de ter comido o “fruto proibido” (conhecimento), Adão tratou logo de culpar Eva, que por sua vez, fez o mesmo em relação à serpente. Foi ele ou foi ela, não fui eu! Exemplo clássico de neotenia.
  7. Recaídas. Esperar a debilidade ou fragilidade do outro para provar que tem razão. Essa tática é utilizada através de provocações. É quando o outro vem manso, mas o objetivo final é dar o bote para conseguir a energia. Aceitar a provocação é mostrar fraqueza, confirmando para o preguiçoso a permanência nas velhas posturas. Por isso, ele(a) torce para não dar certo, para provar o seu ponto de vista: “vê como não adianta. Você é sempre o(a) mesmo(a). Não mudou nada” eu sabia!”.
  8. Neofobia. Sentir-se ameaçado pela mudança do outro, pela sua renovação. Daí a necessidade de estar sempre reafirmando as dificuldades alheias para justificar a sua própria conduta antiquada, atrasada, estagnada. É tentar manter a pessoa presa na atitude negativa do passado de ambos, que é terreno já conhecido. Essa energia inércia (negativa) impede tanto um, quanto o outro de crescer.
  9. Erros repetidos. O ideal é cometer erros novos, ainda não experimentados, indicando que a conscin está fazendo novas experiências e nelas é natural errar. O medo de errar já é, em si mesmo, uma atitude errada. O que é preciso é ser original, ainda que através dos erros. Cometer, sem parar, os mesmos erros, é pior, pois leva ao círculo vicioso da automimese*.

*Automimese Existencial. Imitação das próprias vivências ou experiências passadas, sejam do renascimento intrafísico atual ou de existências anteriores.

Desafios. Para o interessado em resolver o conflito, situações como essas constituem grandes oportunidades evolutivas. Tomadas como tais, são desafios dos quais sempre é possível tirar proveito, permitindo ascender a um novo patamar de cosmoética.

Trabalho. Afogar a necessidade de solução de um conflito emocional nas drogas, numa vida atribulada ou no trabalho obsessivo como o do workaholic (autoabnegação negativa), pode postergar, mascarar, contudo, não substitui a necessidade de autorreconciliação afetiva.

Bem-querer. Em cada existência, vivemos os encontros de decisão para a mudança de nível evolutivo. Os nossos amparadores enviam, então, aquela conscin complexa, homem ou mulher, de convivência difícil, que precisa ser compreendida, perdoada e também assistida – essa consciência-problema – cujo comportamento ainda está preso nas malhas do passado negativo conosco. Como bem-querer, nesse caso?

Não basta perdoar, compreender. É preciso assistir.

 Imagem congelada. Além de não desejar esquecer o passado, esse tipo de personalidade parece querer reeditá-lo (evocação negativa), não permitindo que seja esquecido. Esse processo traz-lhe uma pseudo-segurança, já que não conhece outra situação e tem medo do futuro, do desconhecido, da nova relação que teria que construir conosco, caso viesse a mudar sua atitude. É como se essa pessoa tivesse no bolso uma antiga fotografia e olhasse para ela cada vez que se encontrasse conosco, para certificar-se e reafirmar, para si e para nós, que nada mudou.

Ingratidão. Nessa hora, a consciência reconciliadora sente-se desanimada e infeliz, cheia de razão para não perdoar. Surgem as frustrações perante a insensibilidade e ingratidão do outro. Mas é justamente esse o momento de ajudar, de esclarecer e de atualizar aquela consciência. É cosmoético deixar-se ajudar. Muitos não recebem mais assistência porque não se permitem ser ajudados. Nunca é tarde para pedir ou receber ajuda. A desilusão pode ser terapêutica quando obriga à consciência a rever a própria visa, repensando suas ações: de que forma essa consciência pode ser grata, se nem percebe que precisa de ajuda ou que já está sendo ajudada? E justamente por mim?

A tarefa do esclarecimento – tares – é uma sequência de desilusões cosmoéticas que libertam a consciência do ego e do grupocarma.

Sentimento.  Nesse tipo de situação, pode-se identificar perfeitamente a diferença entre emoção e sentimento. O mentalsoma é o veículo da racionalidade. É preciso primeiro analisar, reconhecer, entender que a ajuda foi recebida, para depois sentir manifestação mais permanente, o sentimento é fruto da reflexão e convive com o discernimento (Ferreira-Santos, 2000; Vieira. 2007b).

Emoção. Pode-se dizer que os sentimentos são emoções maduras. Não se trata, portanto, daquela emoção comum, avassaladora, envolvente, que surge abruptamente desequilibrando e dominando a conscin. A paixão ou hostilidade, por exemplo, são tipos de emoção (psicossoma). Quando submetidas ao discernimento (mentalsoma), longe da lente distorcida das autocorrupções, podem levar à lucidez ou à decisão de perdoar (Vieira, 2007b).

Participação. O mais positivo no ato de perdoar é compreender que a intenção individual sincera tem validade, independente da resposta ou do reconhecimento do outro. Por esse motivo, desde o início do processo, a energia da relação começa a ser reciclada. Os resultados podem aparecer antes mesmo da participação do outro. Esse é o mecanismo real do livre-arbítrio em ação: quando um não quer, dois não brigam (segundo Vieira, libertação da paranoia á deux).

Energias. A distância geográfica torna-se relativa nesse caso, pois, para isso, existe o trabalho das energias pessoais e a projeção da consciência, planejada com o objetivo da reconciliação. A partir daí, passa-se a dizer: graças a fulano aprendi isso. E não mais: por culpa de fulano, veja o que me aconteceu?

Trechos retirados do livro Autocura através da Reconciliação – 2009 (Málu Balona)